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Como adaptar mais um gato na casa

Atualizado: 4 de nov. de 2022


Opa! Chegou gente nova


Incrível como este blog é fonte inesgotável de sabedoria. Quer dizer, o blog não, né? Eu sou! E como também sou muito generosa, resolvi dividir minha sapiência com você (vai ali no dicionário procurar o que é sapiência. Hihihi).


Como minha memória nunca falha, me lembro muito bem que fiquei devendo as dicas para adaptação de um novo gato na postagem anterior. Acalme-se! Vou contar tudinho hoje. Como eu disse antes, você vai precisar de paciência para esperar o tempo necessário até os dois gatos se conhecerem o suficiente para estabelecerem uma relação que pode ser de amor eterno ou apenas de eu te respeito e você me respeita. E também é muito importante que você não force a barra. Pra começar, você vai me prometer que não vai chegar com o intruso em casa e já soltá-lo no meio da sala, como se fosse a coisa mais fofa do mundo. Acredite quando eu digo, além do seu gato proprietário não achar nada fofo, vai entender como uma declaração de guerra. Imagine um belo dia você chegar na sua sala e dar de cara com um estranho esparramado no sofá! Agora compreendeu, né?



Ambientes separados no início


Olha só, não vai adiantar nada você se sentar com seu gato e explicar que ele vai ganhar um maninho (argh!), amiguinho ou mesmo um escravo. Como eu sei que você não quer ver sua sala se transformar em um campo de batalha, então, o que você vai fazer é escolher um ambiente separado onde o novo integrante da família vai viver por um tempinho. Tá ligado em isolamento social? Então, quase a mesma coisa. Por quanto tempo? Olha aí sua impaciência dominando o momento! Ôh, Miriam, traz minha bola de cristal. Ah! Eu não tenho bola de cristal, então, esqueça a resposta para esta pergunta. Vai depender dos gatos, de rolar uma química mais ou menos rápido. Alguns poucos dias, ou algumas semanas. Mas, uma vez que você coloque o novo gatinho num espaço separado, tudo será mais rápido, especialmente se você seguir as dicas que tenho pra te passar.


Lembrando que quando chegam em um ambiente novo, os gatos precisam criar suas próprias referências. Então, além de facilitar a adaptação com o bichano mais antigo do lugar, esses dias em um local mais restrito vão ajudá-lo muito. Ele vai compreender mais rapidamente os novos cheiros do lugar, as vozes, os sons e a rotina sem ter que se apropriar visualmente de toda a casa, dos móveis, dos cantos e ainda tentar colocar seu cheiro por tudo. Ambientes maiores tendem a deixar o gato mais confuso, então, please, segura sua onda e leve o gato pra um quarto, escritório ou dependência por uns dias, ok?


7 dicas para adaptar o gato novo na casa


Você pode dar um print nessa tela, olha Miriam, como eu tô tecnológica! Pode imprimir, tirar uma foto, copiar com canetinha colorida, sei lá! O importante é você ter essas dicas sempre à mão para ir fazendo tudo direitinho. É tipo receita de bolo, entende? Se seguir o passo a passo, não tem erro.


Antes da primeira dica, não preciso explicar que, quem vai para o ambiente menor é sempre o bichano que está chegando, ok? E é claro que ele deve ter sua própria caminha, manta, brinquedos, potes de água, comida e caixa de areia. Depois que ele estiver solto na casa, você vai poder mudar tudo isso de lugar, mas é muito importante que cada um tenha seu próprio enxoval felino, inclusive a caixa de areia porque afinal, é muito nojento ter que usar um banheiro que outros já usam. Eca! Não sei como os humanos conseguem.


Então, vamos ao que interessa:


1 – A rotina segue a mesma. Não mude o dia a dia do gato mais antigo na casa. É o recém-chegado que deve se adaptar aos hábitos já existentes, por isso, não invente de alterar o esquema de refeições, ou a hora de limpar a caixa de areia, por exemplo. Também não vá brincar com o gato mais novo justo no horário em que você costuma brincar com o outro. Isso me leva a segunda dica muito importante.


2 – Não seja considerado um traidor. É fundamental que você dê ainda mais atenção ao seu primeiro gato e ainda mais! Não o deixe se sentir traído. Se quer saber, costumamos ser bastante exagerados nesse sentimento, então, supere-se nos mimos que sempre deu ao felino que vai ter que aceitar a novidade. Lembre-se que para quem está chegando, tudo é festa! Ele está ganhando uma família, uma casa nova, brinquedos, aconchego e boa comida. É o gato mais antigo da casa que precisa de mais carinho e dedicação nesse momento.


3 – A tática da troca de cheiros. Providencie dois panos, um para cada gato. Nada de trapos, por favor! Somos nobres! Passe várias vezes pelo corpo de cada um o seu próprio paninho, que vai ficar com o cheiro do bichano. Depois, troque os panos e deixe-os perto do local onde eles vão dormir. Sim! É claro que você vai fazer isso com o novo morador ainda em isolamento social, mas será que eu tenho que explicar tudo aqui, Miriam? Desse jeito, eles vão se acostumando com os odores um do outro. Tenha em mente que gatos se adaptam mais rápido com o que cheiram do que com o que vêm, por isso, a separação inicial, a troca de panos e as dicas seguintes se baseiam muito em fazê-los sentir e aceitar a presença do outro através do olfato antes de colocar a visão na jogada.


4 – Comendo junto sem se dar conta. Na hora da comida, especialmente do sachê que é sempre muito bem-vindo, aliás, Miriam, antes que eu me esqueça, você economizou na minha porção hoje de manhã. Não pensa que não notei, você vai escolher um sabor bem cheiroso, servir um pote para cada um e colocar um gato de cada lado da porta que separa o ambiente onde o recém-chegado está. Eles vão comer juntos, com a porta fechada entre eles, sentindo o cheiro um do outro, mas sem se enxergarem. Desta forma, vão associar uma coisa deliciosa, que é o sachê, com o cheiro da presença estranha. Opa, desculpe, caiu um pingo de saliva aqui!





5 – Brincando juntos. Para fazê-los brincar um com o outro antes mesmo de se conhecerem, você pode fazer duas bolinhas de papel alumínio, amarrar cada uma na ponta de um barbante e passá-lo por baixo da porta de modo a deixar uma extremidade de cada lado. Se quiser, pode colocar um pouquinho de catnip, a erva do gato, ai como eu adoro! em cada bolinha pra estimular a brincadeira. Assim, vão brincar com a bolinha e com o gato do outro lado da porta sem se darem conta e, de novo, acostumando-se aos seus cheiros. Nossa! Até eu me espanto com o tamanho da minha sabedoria! Ah! Um detalhe, quanto mais novo o gato, mais essa dica funciona, pois costumam ser mais curiosos e ativos.


6 – Primeiros contatos visuais. Depois de alguns dias, se as coisas estiverem correndo bem, sem xixis fora da caixa nem fuus gratuitos para a porta fechada, aí sim, é hora das apresentações iniciais. Coloque o novo integrante na caixa de transporte, e vá servir sachê para os dois na sala, perto um do outro, sim, querido leitor, nesse momento você só presta para servir, acostume-se a isso. Não tire o recém-chegado da caixa, ele vai comer lá dentro. Terminou o rango, volta pro quarto.


7 – Produtos naturais. Aos poucos, você vai começar a soltar o prisioneiro pela casa por períodos cada vez maiores e observar o comportamento dos dois. Se achar que ainda estão se estranhando, você pode recorrer a florais ou feromônio artificial, que ajuda os bigodinhos mais nervosos a se acalmarem e não tem nada que prejudique ou vicie. Você vai encontrar os dois em clínicas, agropecuárias ou pet shops.


Acho que você é bem espertinho pra entender que cada dica deve ser repetida várias vezes antes de declarar liberdade incondicional ao recém-chegado. E as cinco primeiras, você pode colocar em prática juntas. Pra terminar minha in-crí-vel lista de dicas, nunca se esqueça de comparar seus gatos com você e seus irmãos. Oi? Tem gente que não tem irmão? Ah! É ruim, né meu filho? Sei que você ama muito o seu maninho (hihihi), mas vira e mexe quer voar no pescoço dele ou comer o fígado do miserável numa bandeja, tô certa ou tô errada? É claro que eu conheço o sinhozinho Malta! Pois então, com seus gatos vai ser igual. Mesmo depois que já tenham se aceitado e até se amem, não se espante se as vezes rolar um acerto de contas. Uns tapas aqui, uma perseguição ali, é normal, desde que eles não se machuquem, claro.




Ajuda profissional


Depois de eu ter gastado toda a saliva que pretendia usar pra comer minha deliciosa ração ditando isso tudo, pode ser que você conclua que não tem tempo, ou paciência, acontece seguidamente com humanos também, né Miriam? ou um ambiente adequado para mantê-los separados e esteja agora lamentando profundamente não poder ter outro gato por causa disso. Não seja dramático, ok? Isso é prerrogativa felina. Saiba que alguns hotéis para gatos oferecem o serviço de adaptação de bigodinhos desconhecidos. É óbvio que o Ayla Flat, em Porto Alegre, oferece. Aliás, somos ótimos nisso, baby!


Se você precisar de ajuda na adaptação, pense de verdade em uma hospedagem domiciliar que tenha experiência nessa questão. Procure um hotel com áreas que possam ser integradas através de portas divisórias e cujos responsáveis dediquem bastante tempo para estar com os bichanos, fazendo-os acostumarem-se um com o outro, sem pressa, promovendo brincadeiras, refeições conjuntas, respeitando o tempo de cada um com muita paciência.


Flats família: Caetana e Bibiana.

Pra encerrar, não esqueça que escolher outro gato para fazer parte da sua família é algo muito sério e determinante para o novo bichano. Dar um lar seguro e confortável, comida boa, um monte de brinquedinhos, amor e carinho, na minha opinião - que obviamente está sempre certa – é a melhor coisa que você pode fazer não apenas pelo novato que está chegando, mas pelo felino que já mora na sua casa e até por você. Mas pondere bem, porque depois de levar um novo bigodinho para casa, a pior coisa que pode acontecer na vida dele é ser devolvido como algo descartável e perder a família preciosa que ele acabou de ganhar. Pronto, falei verdades! Então, só adote se você tiver mesmo certeza de que quer outro gato, combinado?



Miriam me importunando, 2021.


Tem alguma dúvida sobre como funciona a rotina de um hotel para gatos? Entre em contato conosco, vamos conversar :)


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